Nas eleições brasileiras, a interseção entre marketing e política se torna cada vez mais evidente. Técnicas de marketing, amplamente utilizadas em campanhas publicitárias, são agora ferramentas essenciais para candidatos políticos. Um exemplo notável é Pablo Marçal, cuja estratégia de campanha se destaca pelo uso eficaz das redes sociais, demonstrando como o marketing pode ser uma poderosa aliada na política.
Pablo Marçal, com um patrimônio estimado em R$ 169,5 milhões, é uma figura influente nas redes sociais. Sua candidatura à prefeitura de São Paulo é marcada por táticas de marketing que visam maximizar sua visibilidade online. Anteriormente, Marçal tentou candidatar-se à presidência pelo PROS em 2022, mas teve a sua candidatura negada. Posteriormente, foi eleito deputado federal, embora sua carga tenha sido indeferida pelo TSE.
Na campanha atual, Marçal utiliza vídeos virais para atrair atenção. Esses vídeos são específicos para alcançar um grande número de visualizações, tanto entre seus seguidores quanto entre novos públicos. Essa estratégia é um exemplo claro de como o marketing digital pode ser adaptado ao cenário político, permitindo que os candidatos alcancem investimentos em plataformas onde eles já são ativos.
A popularidade das redes sociais é um trunfo para Marçal, que se destaca entre os visitantes mais jovens, que consome informações principalmente online. Dados de We Are Social e Meltwater mostram que os brasileiros passam, em média, nove horas por dia conectados à internet. Isso sugere que os candidatos que não adaptarem suas estratégias para o ambiente digital podem perder uma parte significativa do eleitorado.
O impacto de Marçal nas redes é evidente. Uma pesquisa no Google Trends revela um aumento significativo em sua popularidade, com picos de interesse em maio e agosto deste ano. Essa visibilidade é crucial para sua campanha, destacando a importância de uma presença online robusta para candidatos políticos.
Marçal também utiliza arquétipos, uma técnica de marketing que categoriza figuras públicas em perfis psicológicos. Ele e Bolsonaro, por exemplo, adotam o arquétipo do herói, enquanto Lula se aproxima do arquétipo do homem comum. No marketing, marcas como Burger King e Apple utilizam arquétipos para fortalecer sua identidade e conexão com o público.
A aplicação de estratégia de marketing na política está apenas começando. Influenciadores e candidatos que dominam essas estratégias têm uma vantagem competitiva significativa. Para os políticos, entender e aplicar essas técnicas pode ser crucial para o sucesso eleitoral, exigindo um olhar estratégico sobre como integrar o marketing em suas campanhas.
Renan Cardarello, CEO da iOBEE, destaca que a política precisa se adaptar às novas realidades do marketing digital. A capacidade de influenciar e envolver investidores através de plataformas online será cada vez mais determinante para o sucesso nas urnas.