O especialista Alexandre Costa Pedrosa alerta que o estresse crônico é um dos principais inimigos silenciosos da saúde moderna. Embora muitas pessoas considerem o estresse algo comum e até inevitável no dia a dia, seus efeitos acumulados no corpo e na mente podem causar sérios danos à longevidade e à qualidade de vida.
Quando o organismo permanece em estado constante de tensão, diversos sistemas entram em desequilíbrio — e o resultado, a longo prazo, pode ser devastador. Entender como o estresse crônico afeta o corpo é o primeiro passo para combatê-lo e preservar a saúde de forma duradoura.
O que é o estresse crônico e como ele se desenvolve?
O estresse é uma resposta natural do corpo diante de situações desafiadoras. Em pequenas doses, ele pode até ser benéfico, auxiliando na concentração e no desempenho físico e mental. No entanto, quando essa reação se torna constante, sem períodos de recuperação, o organismo entra em um estado de alerta contínuo — é o que chamamos de estresse crônico.
Esse tipo de estresse ocorre quando fatores como excesso de trabalho, preocupações financeiras, conflitos pessoais ou problemas de saúde se acumulam por longos períodos. O corpo, então, libera constantemente hormônios como o cortisol e a adrenalina, o que sobrecarrega o sistema nervoso, cardiovascular e imunológico. Para Alexandre Costa Pedrosa, o perigo está no fato de que muitas pessoas não percebem os sinais precoces de esgotamento e continuam vivendo em um ritmo que o corpo não consegue sustentar.
Como o estresse crônico afeta o corpo e a mente?
Os efeitos do estresse crônico são amplos e atingem praticamente todas as funções do organismo. No curto prazo, ele causa sintomas como insônia, irritabilidade e fadiga. Porém, com o passar do tempo, esses sinais evoluem para problemas mais sérios. O sistema cardiovascular, por exemplo, é um dos mais afetados. O aumento constante da pressão arterial e da frequência cardíaca pode contribuir para o desenvolvimento de doenças como hipertensão e arritmias.

Além disso, Alexandre Costa Pedrosa explica que o excesso de cortisol favorece o acúmulo de gordura abdominal e eleva o risco de diabetes tipo 2. No aspecto mental, o estresse crônico está fortemente associado a ansiedade, depressão e distúrbios cognitivos. A exposição contínua ao estresse reduz a capacidade de concentração e memória, além de afetar diretamente o humor e a disposição para atividades cotidianas.
O estresse crônico pode realmente encurtar a vida?
Sim. Diversos estudos científicos indicam que o estresse crônico acelera o envelhecimento celular e está diretamente ligado a uma expectativa de vida menor. Isso ocorre porque a exposição prolongada ao cortisol danifica os telômeros — estruturas que protegem o DNA e determinam a capacidade de regeneração das células. Com o tempo, as células passam a se dividir de forma menos eficiente, resultando em envelhecimento precoce e aumento do risco de doenças degenerativas.
O estresse crônico está relacionado a hábitos nocivos, como má alimentação, sedentarismo e consumo excessivo de álcool ou cigarro — fatores que, em conjunto, ampliam significativamente o risco de morte prematura. Alexandre Costa Pedrosa enfatiza que cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo. A prevenção é a chave para quebrar o ciclo do estresse e recuperar o equilíbrio físico e emocional.
O controle do estresse é uma questão de sobrevivência
O estresse crônico não deve ser subestimado. Seus efeitos vão além do cansaço e da tensão diária, podendo reduzir significativamente a expectativa de vida. Adotar um estilo de vida mais equilibrado, com pausas, descanso e autocuidado, é uma forma eficaz de prevenir doenças e preservar o bem-estar.
Alexandre Costa Pedrosa reforça que reconhecer os limites do corpo e buscar ajuda profissional quando necessário são passos fundamentais para uma vida mais plena, saudável e duradoura. O controle do estresse é, em última instância, uma escolha por viver melhor — e por viver mais.
Autor: Igor Semyonov