IA generativa é prioridade no marketing, mas faltam orçamento e talentos

Apolo Ferreira By Apolo Ferreira
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Estudo da FIA Business School aponta que 50% das empresas não possuem orçamento dedicado para iniciativas de GenAI

A IA generativa está sendo cada vez mais usada pelos departamentos de marketing, pois ela não apenas melhora a eficácia das estratégias do setor como também permite às organizações superarem dificuldades de investimento, integração de sistemas e resistências culturais. No entanto, 50% das empresas não possuem orçamento para iniciativas de IA no marketing, apesar de 57% dos líderes empresariais reconhecerem a importância dela.

Os dados fazem parte de um estudo conduzido pela FIA Business School, LabMKT, Gaspers.IA e AnaMid. Ele busca mapear a adoção e o impacto da IA generativa nas estratégias de marketing no Brasil. Foram feitas entrevistas entre fevereiro e junho de 2024 com mais de 200 profissionais de marketing de diversos segmentos e tamanhos de empresas.

O estudo também descobriu que 44% dos respondentes estão preocupados com violações de privacidade e proteção de dados, enfatizando a necessidade de conformidade com regulamentações como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Essas preocupações não tem impedido o avanço da tecnologia. O levantamento revela que 78% das empresas já implementaram algum tipo de IA generativa, refletindo crescimento significativo no uso da tecnologia. A pesquisa também mostra que 95% dos profissionais de marketing acreditam que o desenvolvimento de habilidades em IA generativa é essencial para o futuro do marketing, mas só 41% se consideram muito ou extremamente preparados para essa tecnologia.

“A adoção da IA generativa está transformando o cenário do marketing, mas ainda há um longo caminho a percorrer em termos de preparação e investimento”, pondera Patricia Daré Artoni, coordenadora do LabMKT da FIA Business School. “A escassez de talentos especializados, identificada por 42% das empresas, enfatiza a necessidade de desenvolver competências internas para superar obstáculos de implementação.”

Para Felipe Bogéa, professor da FIA Business School e co-fundador da Gaspers.ai, o estudo revela um panorama onde a maturidade na adoção da inteligência artificial generativa varia significativamente entre as organizações. Em um futuro não tão distante, diz, empresas que souberem explorar e aprofundar capacidades em IA generativa serão capazes de gerar um diferencial competitivo.

 

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