O cenário econômico mundial tem passado por transformações profundas, de acordo com o entendedor Francisco Gonçalves Peres. Entre os principais agentes dessa mudança estão as big techs, grandes empresas de tecnologia como Google, Apple, Amazon, Meta e Microsoft. Dessa maneira, com atuação global, essas companhias ultrapassaram as fronteiras do setor privado e passaram a influenciar decisões políticas, econômicas e sociais em uma escala antes reservada a governos. Interessado em saber como? Entenda, a seguir.
Como as big techs acumulam poder comparável ao de países?
As big techs se tornaram tão grandes e relevantes que, em muitos casos, possuem receitas maiores do que o PIB de diversos países. A Apple, por exemplo, chegou a ultrapassar os 3 trilhões de dólares em valor de mercado, algo inédito na história corporativa. Aliás, além do faturamento bilionário, essas empresas têm enorme capacidade de ditar tendências econômicas, influenciar comportamentos e impactar diretamente o mercado de trabalho e o consumo ao redor do mundo, como pontua Francisco Gonçalves Perez.
Outro ponto que reforça essa comparação com Estados-nação é o fato de que as big techs têm políticas próprias de moderação, sistemas de pagamento, redes de comunicação e até moedas digitais. Dessa forma, elas não apenas atuam como empresas, mas também como estruturas paralelas de poder. Inclusive, seus executivos se reúnem com líderes mundiais e tomam decisões que afetam milhões de pessoas, algo que vai muito além do papel tradicional de uma corporação privada.
Em quais áreas as big techs moldam a nova economia global?
A economia digital é um dos principais campos onde as big techs impõem seu domínio. Segundo o conhecedor Francisco Gonçalves Peres, elas controlam plataformas de busca, redes sociais, lojas virtuais e sistemas operacionais usados diariamente por bilhões de pessoas. Isso garante a elas o poder de determinar como a informação circula, o que pode ou não ser monetizado e quais modelos de negócio ganham mais espaço no mercado atual.

Além disso, essas empresas investem pesado em setores estratégicos como inteligência artificial, computação em nuvem, saúde, energia e mobilidade. Esses investimentos não apenas diversificam suas fontes de lucro, mas também garantem um controle ainda maior sobre o futuro da economia global. Com isso, elas passam a ditar regras e padrões tecnológicos que influenciam a competitividade de outros países e empresas menores, muitas vezes criando barreiras de entrada difíceis de superar.
Os impactos sociais e políticos do poder das big techs
Por fim, a influência das big techs vai muito além da economia, conforme ressalta Francisco Gonçalves Perez. Elas também moldam comportamentos sociais e impactam diretamente o funcionamento da democracia. Plataformas como o Facebook e o YouTube já foram acusadas de favorecer a disseminação de notícias falsas e de manipular o algoritmo para priorizar certos tipos de conteúdo. Para ilustrar melhor os principais impactos causados por essas empresas, veja abaixo uma lista com os efeitos mais discutidos atualmente:
- Controle da informação: decidem o que aparece nos feeds, buscas e recomendações.
- Interferência política: influenciam o debate público e a opinião popular.
- Privacidade dos usuários: coletam e armazenam dados pessoais em larga escala.
- Dependência tecnológica: governos e empresas usam seus serviços como base para operar.
- Concorrência desleal: pequenas empresas enfrentam dificuldades para competir com seus modelos de negócio.
Esses fatores mostram que o poder das big techs ultrapassa o campo econômico, alcançando dimensões sociais e políticas com grande impacto no dia a dia da população mundial. Ou seja, é por isso que cresce o debate sobre a necessidade de regulamentação mais rigorosa dessas corporações.
As big techs como as novas protagonistas da economia mundial
Em última análise, a ascensão das big techs mostra que, na nova ordem econômica, o poder não está apenas nas mãos de governos, mas também de empresas que operam com alcance global. Pois, elas acumulam riqueza, ditam tendências tecnológicas e influenciam políticas públicas. Diante disso, entender o papel dessas corporações se torna fundamental para qualquer análise sobre o futuro da economia e da sociedade.
Autor: Igor Semyonov