Governança de dados e fundos de investimento: desafios e soluções na era da informação

Rodrigo Balassiano explora como a governança de dados transforma a gestão de fundos de investimento, enfrentando desafios na era da informação.
Igor Semyonov By Igor Semyonov
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A governança de dados tem se tornado um tema central no universo dos fundos de investimento, especialmente diante da crescente digitalização e da complexidade das informações financeiras. Segundo Rodrigo Balassiano, especialista e profundo conhecedor do mercado de capitais, a gestão eficiente dos dados é hoje um fator determinante para garantir segurança, transparência e conformidade regulatória. Na era da informação, a capacidade de coletar, armazenar e analisar dados com integridade define a competitividade das gestoras e a confiança dos investidores.

O papel da governança de dados nos fundos de investimento

A governança de dados pode ser entendida como o conjunto de políticas, processos e tecnologias destinados a garantir a qualidade, segurança e integridade das informações utilizadas nas operações de um fundo. Ela abrange desde a coleta e o tratamento de dados até o controle de acesso e o monitoramento de sua utilização.

Descubra com Rodrigo Balassiano soluções práticas para os desafios da governança de dados em fundos de investimento.
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De acordo com Rodrigo Balassiano, os fundos de investimento dependem cada vez mais de dados precisos e atualizados para fundamentar decisões estratégicas. A gestão de portfólios, o controle de riscos e o cumprimento das exigências da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) exigem informações confiáveis e rastreáveis.

Em um contexto de alta complexidade, em que gestores lidam com diferentes classes de ativos e múltiplos fluxos de informações, a governança de dados é o que assegura a consistência dos relatórios e a integridade das análises. Além disso, contribui diretamente para a credibilidade institucional e para o fortalecimento das práticas de compliance.

Desafios da governança de dados na era da informação

A digitalização trouxe benefícios, mas também novos desafios para os fundos de investimento. O volume de informações disponíveis cresce de forma exponencial, o que exige sistemas capazes de processar grandes quantidades de dados em tempo real.

Um dos principais desafios, conforme explica Rodrigo Balassiano, é a fragmentação das fontes de dados. Em muitos casos, informações sobre ativos, cotistas e transações são armazenadas em plataformas diferentes, sem integração adequada. Isso aumenta o risco de inconsistências, duplicidades e falhas operacionais.

Outro ponto crítico é a proteção das informações. A entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) impôs novas responsabilidades às gestoras, exigindo políticas rigorosas de segurança cibernética e de controle de acesso. O vazamento ou uso indevido de dados pode gerar não apenas prejuízos financeiros, mas danos reputacionais significativos.

Além disso, a complexidade regulatória exige atualização constante. Mudanças nas normas da CVM, como as introduzidas pela ICVM 175, demandam relatórios mais detalhados e padronizados, o que pressiona as estruturas de governança de dados a se tornarem mais robustas e automatizadas.

@rodrigobalassiano1

Rodrigo Balassiano Ensina: ICVM 175 e o Futuro dos Fundos Estruturados Rodrigo Balassiano desvenda como a Resolução CVM 175 moderniza fundos estruturados, trazendo segurança com responsabilidade limitada dos cotistas e transparência nas taxas. Com exemplos práticos, Rodrigo Balassiano mostra como investidores podem se beneficiar de FIDCs e FIIs em um mercado mais competitivo e regulamentado. #RodrigoBalassiano #QueméRodrigoBalassiano #OqueaconteceucomRodrigoBalassiano

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Soluções tecnológicas para a governança de dados nos fundos

A boa notícia é que a tecnologia também oferece as soluções necessárias para enfrentar esses desafios. Ferramentas de inteligência artificial, big data analytics e automação de compliance estão sendo amplamente adotadas por fundos de investimento para aprimorar sua governança de dados.

Sistemas baseados em IA permitem identificar padrões, detectar inconsistências e validar informações automaticamente. Já o uso de blockchain oferece uma camada adicional de segurança e rastreabilidade, garantindo que os registros de transações e movimentações sejam imutáveis e auditáveis.

De acordo com Rodrigo Balassiano, a integração entre plataformas é outro fator decisivo. A adoção de sistemas unificados de gestão de informações facilita a comunicação entre administradores, gestores e auditores, reduzindo falhas e aumentando a eficiência operacional.

A automação também desempenha papel fundamental na geração de relatórios e no acompanhamento das obrigações regulatórias. Com soluções digitais, é possível garantir que as informações sejam atualizadas em tempo real e entregues de forma precisa às autoridades competentes, minimizando o risco de penalidades e atrasos.

A importância da cultura de dados e da capacitação das equipes

Mais do que adotar tecnologias, é fundamental que as instituições desenvolvam uma cultura de dados. Isso significa tratar as informações como ativos estratégicos, estabelecendo práticas de governança que envolvam todos os níveis da organização.

Segundo Rodrigo Balassiano, a capacitação das equipes é essencial para o sucesso dessa transformação. Profissionais de diferentes áreas — desde gestores até analistas — precisam compreender o valor dos dados e aplicar boas práticas de governança em suas rotinas.

Treinamentos periódicos, políticas internas de uso responsável da informação e o fortalecimento da comunicação entre as áreas são medidas que garantem maior alinhamento e mitigam riscos. Uma governança eficaz depende tanto de tecnologia quanto de pessoas preparadas para utilizá-la de maneira ética e inteligente.

O futuro da governança de dados no mercado financeiro

A tendência é que a governança de dados se consolide como um dos pilares centrais da gestão de fundos de investimento nos próximos anos. A automação, o uso de IA e a interoperabilidade entre sistemas devem tornar o processo mais ágil e transparente, permitindo uma supervisão contínua e preditiva.

À medida que a digitalização avança, os dados se tornam o elo entre compliance, eficiência e inovação. Fundos com estruturas sólidas de governança estarão melhor posicionados para responder às demandas dos reguladores e para conquistar a confiança de investidores institucionais.

Em síntese, conforme ressalta Rodrigo Balassiano, o futuro dos fundos de investimento será determinado pela capacidade de equilibrar tecnologia, segurança e governança. Em um mercado orientado por dados, quem souber transformar informação em valor sustentável consolidará sua posição de liderança em um cenário cada vez mais competitivo e digitalizado.

Autor: Igor Semyonov

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